A capital da Paraíba, João Pessoa, é uma estrela em ascensão entre as cidades turísticas nordestinas. Ainda não é um destino tradicional, como Natal, Salvador, Maceió, mas a cidade está trabalhando muito para adquirir o mesmo status das capitais vizinhas e, com certeza, progride bem nesse desafio. A primeira coisa que chama atenção ao se chegar em João Pessoa é o dinamismo da cidade. No caminho do aeroporto para o centro, veem-se muitas empresas, estabelecimentos comerciais dignos de uma capital e uma intensa urbanização, que segue critérios ordeiros encontrados só em algumas cidades brasileiras. O Plano Diretor de João Pessoa foi estabelecido nos anos 1970 e é respeitado até hoje. Na orla, as construções não passam dos quatro andares. As ruas têm um fluxo ordenado e planificado e há corredores de acessos bem definidos. Qualquer turista que chega pensa que poderia morar na cidade. Quanto aos passeios, são basicamente dois: os da orla Norte e os da orla Sul, com praias que não deixam nada a desejar às de Natal ou do litoral alagoano, todos feitos em no máximo três dias. A vantagem é que em muitas praias não há fundo de pedra, o que permite um banho tranquilo, incomuns na região. Há também formações de recifes para quem gosta de mergulhar com snorkel, como as piscinas naturais do Seixas. A cidade tem bons museus e um forte do século XVI com visitas guiadas. A única coisa que pode desapontar o visitante é o fuso horário local. Em João Pessoa, desde que o Brasil assinou o acordo mundial que estabeleceu os horários em referência ao Meridiano de Greenwich, e também por causa de sua localização à leste (é o ponto mais ocidental do Brasil), o dia já está claro lá pelas cinco da manhã. Para quem não está acostumado, pode ser um problema. Às 19 horas, parece que a cidade toda já quer procurar uma cama. Um a um, os estabelecimentos fecham até que reina a completa quietude, lá pelas 21 horas. Mesmo assim, é um lugar excepcional.