Turismo Recife e Olinda

Pferd, Sonnenuntergang, Natur, BrazilienRecife foi durante o primeiro período da colonização do Brasil o centro econômico, político e cultural do País, que, diferente do resto da nação, foi submetida tanto ao domínio português quanto ao holandês. Em 1630, depois de uma malfadada tentativa de invasão na Bahia cinco anos antes, militares holandeses a serviço da Companhia das Índias Ocidentais conseguem expulsar o exército português lotado na cidade, que era até aquele momento o maior polo de produção de açúcar no mundo. Após uma breve guerra que danificou parte dos engenhos e provocou a fuga de boa parte dos escravos, Maurício de Nassau, um militar letrado de educação nobre, figura ímpar de seu tempo, também encarregado pela empresa de chefiar o empreendimento holandês de cana de açúcar, inicia a recuperação da infraestrutura de produção açucareira e a reestruturação da cidade do Recife. Junto com ele, chega também uma comitiva de cientistas e naturalistas da Holanda, entre eles Frans Post e Eckout, que deixaram em seu legado uma impressionante coleção de pinturas sobre o cotidiano do Brasil do século XVII e um dos registros mais detalhados do Novo Mundo já realizados no período colonial. Boa parte dessa coleção, que contém muito do imaginário europeu sobre os trópicos, ainda pode ser vista no Instituto Ricardo Brennan, em Recife. Uma das peças mais impressionantes do museu, considerado um dos dez melhores do mundo, são tapeçarias originais confeccionadas na França que mostram a exuberância da Mata Atlântica pernambucana à época. O museu também guarda um dos 24 originais em bronze existentes no mundo do Pensador de Rodin. Conta ainda com uma impressionante coleção de armas brancas, armaduras medievais originais, além de peças de artistas consagrados mundialmente, entre eles, o colombiano Fernando Botero, responsável pelas esculturas que adornam a entrada do local. Olinda, ali pertinho, também merece uma visita. Além do intenso carnaval, a localidade até hoje lembra uma tradicional cidade portuguesa colonial e guarda muita história. A dica é pegar um passeio guiado pela cidade, feito a pé, ali mesmo e almoçar no Maison do Bonfim, que não deixa nada a desejar aos melhores restaurantes do Sudeste.

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